31/07/2011

ALMANAQUE

Neste ano de 2011, no curso de formação para professores "Alfabetização e Pró-Letramento", aqui em Arroio do Sal, tivemos a oportunidade de trabalhar com esse tipo de literatura.
Agora estou trazendo essa "técnica de produção escrita" para o trabalho no projeto Aula Digital, onde os alunos deverão produzir um Almanaque Local - quero que fique registrado nesse almanaque tudo o que acontece em nosso Município, a cada mês do ano, juntamente com as "datas comemorativas" que acompanham cada mês...

Pesquisei esses endereços específicos sobre o tema:

O que é um almanaque?
É uma publicação anual que reúne um calendário com datas das principais efemeridades astronômicas.
No princípio o almanaque era utilizado para fases lunares estudadas pela astronomia, mas com o passar do tempo foi adotado para outras muitas áreas do conhecimento.

Na história de Portugal

O primeiro almanaque editado em Portugal tem a data de 1496. Ele fornecia informações quanto à indicação ao curso do sol para cada dia do ano.

Fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Almanaque

Por Marcellus Pereira, em 22/07/2008
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Almanaque é...
Aquela montanha de informação condensada em textos curtos, instigantes… ótima pedida para se “abrir o apetite” e procurar referências mais profundas ou, simplesmente, passear pela tonelada de dados…
__ “Almanaque Anos 90 de Silvio Essinger, distribuído pela Ediouro, traz “drops” de vários fatos marcantes daquela época que muitos chamavam de “insossa”, mas que trouxe enormes revoluções.
__ São sete capítulos, mostrando os acontecimentos na “Música”, “Cinema”, “Televisão”, “Mídia”, “Tecnologia”, “Comportamento” e “Esportes”, além de uma cronologia.
http://meiobit.com/16494/livro-almanaque-anos-90/
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E para você que não sabe do que eu estou falando, explico: O Almanaque de Pharmácia era um livreto publicado anual e/ou mensalmente, dependendo do laboratório farmacêutico que o patrocinava e de sua estratégia publicitária. Tinha um formato de mais ou menos 13x18 e os textos e as ilustrações eram impressas em papel de segunda, bem “póbi” mesmo. Esses “livretos do saber” eram distribuídos gratuitamente pelas empresas e laboratórios em grandes tiragens, fazendo com que seus exemplares chegassem às Pharmácias e regiões mais distantes do país. Suas páginas continham piadas, charadas, calendários, fases da lua, dicas de saúde, receitas culinárias, cartas melodramáticas, jogo dos sete erros, caça palavras, calendário agrícola, horóscopo, santos do dia, histórias diversas, datas importantes e comemorativas, textos poético (contos, poesias, crônicas) e claro, PROPAGANDAS DOS REMÉDIOS. Nos Almanaques de Pharmácia você encontrava de tudo um pouco. Tinha para todos os tipos e para todos os gostos. Eles podiam ser ao mesmo tempo úteis, fúteis, tradicionais, modernos... Ou tudo isso junto! Me parece que o objetivo maior era o de responder sempre a todas as perguntas e curiosidades.

http://carissimascatrevagens.blogspot.com/2009/05/os-almanaques-de-pharmacia-do-meu-avo.html


Stela em 31 de julho de 2011.

10/07/2011

Folclore do Arroio do Sal

O nosso Município é rico em lendas, causos, personagens.
Pouco se tem registrado dessas contações que ouvíamos de nossos pais e avós, a mais de 40 atrás! Mas, organizei, no ano de 2000, algumas contações que ouvimos da Dona Lídia, do João Dias e da Luíza Evaldt Dias.
Eu e a professora Juçara Dias trabalhávamos na escola Rural João Afonso e convidamos a dona Lídia, moradora da Estância do Meio para contar algumas histórias que ouvia de seus pais e avós.
Então, o registro ficou num livrinho artesanal que produzi no word, a Sílvia Dias inseriu uma imagens do computador e imprimimos.
Vou registrar virtualmente esses escritos e pretendo buscar muitas outras histórias ainda para acrescentar aqui e imprimir também...

Stela 10.07.2011

Personagens










Brincadeiras








Parlendas...











Identidade Cultural

IDENTIDADE CULTURAL

Cada país tem uma identidade cultural, isto é, apresenta manifestações que outros países não apresentam. Mas todo país sofre influências de outros países.
O samba é genuinamente brasileiro, o rock veio de fora, não foi uma criação do povo brasileiro. Mas mesmo o rock sofreu influências dos ritmos nacionais e se transformou. O grito das torcidas de futebol: Uh, UH, tererê é uma influência do funk que também veio de fora. Mesmo a música sertaneja sofreu do country music de americano.
O que constrói a identidade cultural de um povo?
Portugal trouxe para o Brasil toda sua imperiosa cultura – a língua, a religião e as leis – mas aqui no Brasil as contribuições de outros povos foram transformando-a. A cultura brasileira é o resultado da soma de elementos culturais dos indígenas, dos negros e dos brancos, principalmente os portugueses.
Entre os indígenas a cultura era transmitida oralmente pelos mais velhos da aldeia e trouxe o uso da rede, a canoa da pesca, instrumentos musicais, ervas medicinais e na alimentação o milho, a mandioca, batata-doce, abóbora, pimentão, feijão.
A cultura negra se deu na religião, misturando o catolicismo com as crenças africanas: o candomblé, a umbanda e a quimbanda. Além de uma culinária variada, encontrada na Bahia. Na música brasileira notam-se a influência dos negros no ritmo do samba e o frevo. Os instrumentos musicais: berimbau e o tamborim.
A influência cultural do branco português dominou a cultura brasileira: idioma, religião, alimentação, vestuário, festas religiosas e populares.
O folclore é representado por tradições e crenças populares e deve ser de origem anônima, que ninguém sabe quem criou e deve ter surgido há muito tempo atrás e praticadas por um grande número de pessoas.
Faz parte do folclore brasileiro as lendas, festas, danças, músicas, trajes típicos, manifestações populares, festas, provérbios, canções, cantigas de roda, ditados populares. O carnaval é uma das festas mais populares do Brasil, seguidas das Festas Juninas e Natalinas.
Texto organizado por Stela Maris da Rosa Dias através das bibliografias:
RADESPIEL, Maria. Alfabetização Sem Segredos. Oficina 3 – Pluralidade Cultural. Ed. Iemar, 1998.
__________________. Alfabetização Sem Segredos, v.5. Ed.
COLEÇÃO DE OLHO NO MUNDO: FOLCLORE. Ed. Abril, 2000. V.16





Stela em 10.07.2011

03/07/2011

Arroio Histórico

Arroio do Sal

Antigamente toda gente
Te enxergava com outro olhar
De beleza, de grandeza
E era bom de se banhar
Nos beirais não há mais
Tábuas prá roupa lavar
Matas,latas,pets,sacas
Fez a natureza chorar.

Lavadeiras nestas beiras
Já não ouço mais cantar
Natureza tanta beleza
Vamos ter que preservar
Corre,corre,corre, não morre
Não queremos te perder
Leva as mágoas nas tuas águas
Não quero te ver sofrer.

Quem me dera não ser quimera
Os peixinhos voltando a nadar
Fazer reboliço, isca e caniço
Brincar, se banhar e pescar.
Na criança a esperança
Nosso arroio a reflorar
Natureza com certeza
Não se cansa de esperar.


Arroio do Sal quem te conhece não esquece jamais
Arroio do Sal, este cheirinho de peixe é do mar
Arroio do Sal, garças, patos, marrecos a brincar
Arroio do Sal, crianças a brincar.

Letra e música de Clóvis de Oliveira e Elton Duarte atendendo meu pedido de criar uma música para nosso querido arroio histórico, que corta a Cidade de Arroio do Sal.
Em março de 2011.

Fadas Celestes

OS ESPELHOS DAS FADAS CELESTES

Vocês já ouviram falar no palácio de Brocado?
Ora, é o palácio das duas fadas celestes que, durante o dia inteiro, tecem as nuvens para o imperador do céu. E vocês estão muito enganados se pensam que elas estão felizes com o seu destino. As duas fadas se aborrecem mortalmente no seu palácio. Aliás, um dia fugiram de lá.
Era o dia do aniversário do Imperador do Céu e todos os criados estavam ocupados com os preparativos de uma grande festa. Os funcionários celestes divertiam-se nos salões imperiais e a guarda da Porta do Sul, aquela pela qual se desce para a terra, bebia alegremente à saúde do imperador, e pouco a pouco ia caindo numa tranquila sonolência.
As duas fadas celestes tinham ficado sozinhas. E vocês me dirão que o palácio delas era maravilhoso. Claro que sim, mas vocês já pensaram no tédio que é viver constantemente na bem-aventurança, beber néctar todos os dias e tecer uma nuvem de bigorna e sete nuvens algodoadas? Os dias se parecem assim como um ovo se parece com outro, e as nossas duas fadas aborreciam-se, aborreciam-se mortalmente.
__ Sabe, irmãzinha, eu preferia ir embora e descer para a terra a continuar me aborrecendo aqui. Suspirava a mais nova. __ Os homens não sabem quanto são felizes! Tanto trabalho, e sempre coisas novas, como eu gostaria disso!
__ Eu também. Continuou a mais velha. __ Se você visse as montanhas e os rios que as serpenteiam! Como é lindo! Não temos nada assim, aqui nesse palácio aborrecido. E se fugíssemos?
A distância entre pensar e agir não é longa. As duas fadas se puseram a caminho e, na ponta dos pés, devagarinho e com cuidado, esgueiraram-se até a Porta do Sul, que levava à terra. Os guardas dormiam profundamente. As duas moças saíram então furtivamente.
__ Agora, irmãzinha, vamos nos separar. Propôs a caçula. __ Você vai para o Sul e eu irei para o Norte. E quando encontrarmos alguém em dificuldade ficaremos lá para ajudar.
Assim as duas fadas se separaram. E tudo aconteceu como a caçula havia dito. Tanto uma como a outra encontraram duas velhinhas solitárias e cansadas e ficaram para ajudá-las. Logo perderam a sua cor transparente e ficaram rosadas. Gostavam muito da terra. Nunca mais pensaram no céu.
Mas infelizmente nada é eterno. Cem anos tinham se passado na terra, cem anos, o que equivale exatamente a sete dias no céu. As festividades haviam terminado e o Imperador do Céu começou a procurar as jovens. Mas foi em vão. Era impossível achá-las.
__ Mas onde foi que elas se meteram? Resmungou o imperador. __ Já faz um bom tempo que não chove, e eu gostaria que me tecessem o mais depressa possível uma nuvem de temporal.
E o imperador mandou procurar as duas fadas. Os criados voltaram logo, dizendo que a Porta do Sul estava aberta e que, provavelmente, as duas moças tinham fugido.
__ É o cúmulo! Exclamou o imperador. __ Tragam as duas de volta agora mesmo! Senão, mandarei à terra uma seca abominável!
E os mensageiros celeste desceram à terra à procura das duas fadas. Finalmente as encontraram. Elas não queriam voltar, mas foi preciso se render. Não se podia desobedecer a uma ordem do Imperador do Céu. De cabeça baixa e com os olhos cheios de lágrimas, as duas fadas retomaram o caminho do céu.
Ao chegar diante da Porta do Sul, a mais nova disse:
__ Sabe irmãzinha, acho que vou morrer de saudade se não puder mais olhar o mundo lá embaixo...
A mais velha sacudiu a cabeça suspirando. Depois disse:
__ Tenho uma ideia. Vamos jogar os nossos espelhos. Assim, quando olharmos lá para baixo, veremos o mundo inteiro refletido neles.
Então as duas moças tiraram os seus espelhos das suas largas mangas, e os jogaram lá embaixo.
Os espelhos desceram cintilando, rodaram por um momento, fazendo um leve assobio, e foram cair na terra, onde se transformaram em dois lagos, cujas águas cristalinas refletiam as florestas, as colinas e os homens. E sabem onde estão esses dois lagos? Um está na China, é o grande lago Ocidental, e o outro no Vietnã, em Hanói.
Contos Chineses
Retirado de Contos e Fábulas
Por Stela Maris da Rosa Dias
Junho-2011

Azul e Lindo...

AZUL E LINDO: PLANETA TERRA NOSSA CASA

RUTH ROCHA E OTÁVIO ROCHA
...
É aqui que nós moramos e é aqui que nós vamos morar para sempre.
Nós, nossos filhos os filhos dos nossos filhos.
Não se conhece no Universo inteirinho um Planeta como esse: onde haja ar, água, onde haja vida! Mas para que a Terra continue a nos dar tudo aquilo de que precisamos para viver, temos que cuidar dela como cuidamos de nossa própria casa. E melhor ainda. Pois da nossa casa nós podemos nos mudar. Da Terra não.
E nós sabemos que não estamos tratando da Terra como deveríamos. Por isso os membros da Organização das Nações Unidas preocupam-se com o meio ambiente. Várias reuniões já foram feitas para discutir esse problema. E destas reuniões têm saído declarações, manifestos e planos de ação que tentam estabelecer o que pode ser num ambiente para evitar que a Terra – a nossa Terra – a nossa Casa – venha a se transformar num deserto, com águas envenenadas, florestas devastadas, onde seria impossível viver.
Essas declarações, manifestos e planos de ação dizem mais ou menos o seguinte:
__ Todos os homens são iguais e tem o direto de viver bem, num ambiente saudável. Todos têm o dever de proteger e respeitar o meio ambiente e a vida em todas as suas formas.
...
O que recebemos de nossos pais deve se entregue a nossos filhos melhorado e não destruído. Assim nossa herança – nossa herança mais preciosa – a Terra – estará garantida para nós, para os nossos filhos e para os filhos dos nossos filhos.

(Texto retirado do livro por Stela Maris da Rosa Dias – junho 2011)

O RATO ROQUE

O rato Roque


O rato Roque
roque, roque
Rói o queijo
roque, roque
Rói a cama
roque, roque
O pé da mesa
roque, roque
Rói o pão
roque, roque
O coração
roque, roque
De Tereza
roque, roque
Rói o tempo
roque, roque
Rói a hora
roque, roque
E o vestido
roque, roque
De Maria
roque, roque
Rói a rua
roque, roque
Rói o beijo
roque, roque
Rói a lua
roque, roque

Sérgio Caparelli

AULA DIGITAL COMPARTILHADA

Projeto do ano de 2011 que estou realizando nas escolas municipais, em Arroio do Sal.